domingo, 26 de dezembro de 2010

10 dicas de SAÚDE para o Ano Novo


10 dicas de SAÚDE para o Ano Novo

Atendendo a pedidos, minhas 10 sugestões de resoluções para o Ano Novo em SAÚDE: postadas no meu Twitter @qualidade_vida. Repetidas aqui.

1 - Mude, melhore seu HÁBITOS DE VIDA, tornando-os mais SAUDÁVEIS. Pouco adianta excelentes remédios/tratamentos se você não faz a sua parte.
Para isso, recomendo a todos que assistam esta breve apresentação que mostra quais são estes hábitos de vida tão FUNDAMENTAIS: http://bit.ly/eEEase

2 - PLANEJE-SE. Na vida, só quem tem sucesso sem planejamento, em qualquer coisa, é quem tem ou teve MUITA sorte (ou alguma herança).
Mesmo quem teve muita sorte (ou herança), se não PLANEJAR bem como gastar seu TEMPO/ENERGIAS, acaba perdendo o que tem/ganhou. ORGANIZE-SE!

3 - Tenha um pouco de PACIÊNCIA e não espere resultados "da noite para o dia": a maioria dos resultados naturais e saudáveis, leva um tempinho.
Afinal, o que você levou anos p/construir (bom ou ruim), possivelmente seu corpo e mente também levarão bom tempo para adaptar-se ou consertar.

4 - Tenha força de vontade e perseverança: mudar hábitos de vida em Saúde não é algo fácil que se consiga totalmente de uma hora pra outra.
Mas se você nem tentar, não insistir e não acreditar no seu potencial, que vai conseguir, a "batalha" pela sua melhoria já começa "perdida".

5 - Reduza açúcares, café, álcool, cigarros, refrigerantes, gorduras saturadas, Sol excessivo e tudo mais que possa intoxicar seu organismo.

6 - Não confie sua SAÚDE exclusivamente a remédios/tratamentos em geral: assim que acabarem, se a causa não foi tratada, voltarão as doenças.

7 - Procure médicos, nutricionistas, psicólogos, etc (enfim,profissionais de saúde) para acompanhá-lo que entendam do que fazem e te escutem.
Não se esqueça que há muitos "picaretas bons de lábia" e muitos "experts" que sequer tiram tempo para ouvir o paciente ou mesmo olhar p/ele.
Em todas as áreas na saúde, há muitos que têm muito conhecimento mas pouca real HUMANIDADE: como tratar sem legítimo cuidado com o SER HUMANO?

8 - Coma bem mais alimentos funcionais, ou seja, aqueles que não só nutrem mas também ajudam a prevenir e mesmo curar doenças.
EXCELENTES alimentos funcionais: Aveia, Linhaça, maçã, açafrão, alecrim, orégano, peixes, azeite de oliva extra-virgem, quinua, soja, castanhas, folhas verse-escuras.

9 - NUNCA tome suplementos ou medicamentos sem orientação médica: muitos deles e suas associações, quando inadequados, podem fazer muito MAL.

10 - Dinheiro gasto com a sua SAÚDE, para prevenção (principalmente), exames e tratamentos (quando necessários) não está sendo "jogado fora".
Confúcio já dizia que há homens que gastam sua saúde para terem dinheiro e depois, DOENTES, gastam MUITO mais para tentarem recuperar a SAÚDE.
Pense bem se não é o seu caso... Você economiza p/viagens, carros, acessórios, diversão, etc. E como age com gastos para ter e manter saúde?

Enfim, Boas Festas e que 2011 venha com sucesso em todas as áreas para você e sua família; especialmente em SAÚDE.

Um abraço

Ícaro Alves Alcântara
Twitter: @qualidade_vida

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Depressão (e ansiedade) - Estamos tratando certo?


Normalmente, publico respostas a perguntas enviadas por internautas e pacientes no site (www.icaro.med.br) mas como empolguei-me um pouco nesta resposta, achei por bem postar aqui também, esperando que seja útil ao leitor.

PERGUNTA
"Tenho 2 filhos, muito stress com trabalho e familiar, sem tempo para me cuidar. De uns tempos pra cá tenho me sentido abatida e morro de medo de depressão. Será que mesmo assim a ortomolecular pode me ajudar"?

RESPOSTA
Bom dia,XXX

Vamos por partes...

1 – Arranjar um tempinho para se cuidar é fundamental. Afinal de contas, se você adoecer terá que parar “à força” e aí quem irá cuidar de tudo o que você tem dado conta? Por isso, primeiramente, recomendo ler e procurar ao máximo seguir o que está na apresentação Viver: O que é Necessário (http://www.icaro.med.br/videos/viver-o-que-e-necessario). Afinal, é a base para o bom funcionamento do organismo, corpo e mente, sem a qual mesmo os melhores medicamentos têm dificuldade de agir.

2 – Em consultório, trabalho basicamente com ortomolecular, homeopatia e orientações em hábitos saudáveis, associando quando necessário fitoterapia, modulação hormonal e mesmo a medicina “tradicional”. Ou seja, não é só a estratégia ortomolecular em Medicina que vai ser utilizada no tratamento do seu caso (mais informações nas respectivas seções do site)

3 – Todos passamos por períodos difíceis em nossas vidas, infelizmente centenas de vezes. E é perfeitamente normal apresentar fases onde nosso humor parece estar “depressivo”. Nossa sociedade, erradamente, convencionou algo como “ficar triste é doença, que tem que ser tratada” e por isso multiplicam-se os usuários de antidepressivos e ansiolíticos (calmantes); mas o distúrbio está no estado constante de tristeza e humor “em baixa” (sobretudo se sem motivo) e não nos episódios ocasionais. Assim sendo, a primeira medida “anti-depressão” (e anti-ansiedade também) é não transformar a preocupação com sua saúde em mais um pesado fator de stress (e, por conseguinte, de doença).
Entretanto, se diagnosticada depressão (o que só pode ser adequadamente feito após avaliação detalhada e atenta), não são os antidepressivos o único recurso terapêutico. O tratamento da depressão passa obrigatoriamente por:
a.     Há uma causa identificável? Então precisa ser abordada e resolvida. Ou então o paciente ficará tomando medicamentos por toda uma vida porque com eles estará só paliando sintomas. Aqui, o apoio psicológico é muitas vezes valioso, se não indispensável.
b.     Em muitos casos de depressão, há falta de alguns neurotransmissores (substâncias que transmitem as diversas informações) e nutrientes no cérebro. Nestes casos, sem a reposição destes, não há possibilidade de falar-se em cura da depressão:
o   Será que a dieta está adequada, fornecendo ao organismo os nutrientes necessários (por exemplo para a fabricação dos neurotransmissores)? Se não, tem que ser melhorada.
o   Será que o intestino está funcionando bem e realmente absorvendo dos alimentos estes nutrientes necessários? O mal funcionamento intestinal não só reduz a absorção deles mas também aumenta a retenção de toxinas, o que pode prejudicar o funcionamento de todo o organismo (causando distúrbios)
o   Será que sua circulação sangüínea está boa o suficiente para transportar os nutrientes até seu cérebro (ou onde devam chegar)? Afinal, de nada adianta absorvê-los bem mas eles não chegarem onde são necessários.
c.      Como tudo no corpo, depois que os neurotransmissores cumprem sua função são inutilizados/inativados pelo próprio organismo. A maioria dos antidepressivos age reduzindo esta inutilização/inativação, assim deixando-os agir por mais tempo.

Espero que tenha ficado claro que para tratar um quadro de depressão, muito mais tem que ser considerado que só administrar antidepressivos. E é exatamente por isso que tanta gente experimenta insucesso nos seus tratamentos, tanto de depressão quanto de ansiedade.

Mas fuja dos rótulos! Por que é tão importante assim que você necessariamente tenha um nome para o seu conjunto de sinais e sintomas atual? Na minha opinião:
-                    Procure pelas causas e agravantes psicológicos do seu quadro clínico, trabalhando para resolvê-los;
-                    Arranje tempo para cuidar de você mesma e sua saúde, em todos os níveis (lembre-se que, se você adoecer, será obrigada a conseguir este tempo, até de forma mais urgente);
-                Corrija erros nos seus Hábitos de Vida (http://www.icaro.med.br/videos/viver-o-que-e-necessario);
-                    Trate-se.

Por fim, respondendo à sua dúvida: SIM, a ortomolecular (junto à homeopatia e Hábitos Saudáveis de Vida) pode te ajudar.

Boa semana!

Ícaro Alves Alcântara
www.icaro.med.br
Twitter: @qualidade_vida


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cartilha do Emagrecimento Saudável

Cartilha do Emagrecimento Saudável

(Por Dr. Ícaro Alves Alcântara – www.icaro.med.br)

Boa parte dos atendimentos que faço em consultório tem como objetivo principal ou secundário “emagrecer”: o paciente procura-me para perder peso ou, quando o faz por múltiplas queixas, esta é uma das mais frisadas. No meu site (www.icaro.med.br), as seções mais acessadas são aquelas que direta ou indiretamente falam de emagrecimento e no Twitter (@qualidade_vida) o assunto é importante motivador de questionamentos e encaminhamentos (“retweets”) de mensagens. Enfim, depois de constatar tudo isso (após o sucesso da Cartilha do Concurseiro) e ser cobrado quanto a produzir artigo com orientações mais práticas e objetivas para perder peso de forma efetiva e saudável, resolvi escrever este, esperando que possa ajudar a clarear um pouco as coisas no assunto.

Entretanto, vale ressaltar que ainda que o conteúdo desta cartilha esteja embasado tanto em estudos científicos quanto na experiência em consultório, não é verdade absoluta, aplicável exatamente como apresentada a 100% dos casos. Cada paciente tem suas particularidades e por isso deve ser consultado e acompanhado por médico (e nutricionista ou outros profissionais de saúde, quando indicados) após avaliação inicial presencial e detalhada, com a realização dos exames e procedimentos que fizerem-se necessários. Em outras palavras, em alguns casos, seguir o que está aqui orientado não substitui a necessidade de consulta médica e acompanhamento por profissional competente.

EMAGRECIMENTO COMUM

Nos dias atuais o que mais acontece é mais ou menos o seguinte:

- Quem quer emagrecer procura um médico, com objetivo específico de conseguir receita de medicamento (habitualmente “controlado”) para emagrecer (por via oral ou injetável, associando ou não a outros “tratamentos estéticos), desejando que este não só promova grande perda de peso mas que esta também seja rápida;

- O paciente até recebe orientações quanto à importância de ter hábitos de vida saudáveis mas sem muito ênfase, motivo pelo qual não os adota, ainda que tome o remédio conforme orientado;

- São sentidos efeitos colaterais (ansiedade, palpitações, alguma insônia, dor de cabeça, perturbações intestinais, etc) mas o paciente julga serem estes aceitáveis e “normais do medicamento”;

- Até ocorre perda de peso, na maioria das vezes diferente da desejada e este peso começa a voltar assim que o uso do remédio para emagrecer é interrompido;

- Pouco tempo sem o remédio e o paciente está novamente “fora do peso”, muitas vezes até com mais gordura que antes, decidindo assim reiniciar o ciclo;

- Após emagrecer-e-engordar várias vezes o paciente desiste de usar o remédio, seja por desenvolver doenças, seja por não mais tolerar os efeitos colaterais ou mesmo por ver que o tratamento, simplesmente, “não funciona” (neste ponto muitos buscam remédios cada vez mais fortes, no fim terminando esta busca da mesma forma: frustrados e “doentes”).

O QUE ESTÁ ERRADO?

Esta receita para emagrecer apresenta tantos erros que apontá-los todos resultaria em um verdadeiro livro sobre o que NÃO fazer para perder peso com saúde mas tentarei me ater brevemente aos aspectos mais importantes:

- Ninguém compra um carro sem pesquisar muito antes: avaliar bem as opções disponíveis, suas necessidades, condições de pagamento e detalhes em geral, não é? Se deixar de fazer isso, tem grandes chances de arrepender-se no futuro e adquirir um veículo que não vá atendê-lo como gostaria. Analogamente, o paciente que dispõe-se a tomar um medicamento sem que seja ouvido atentamente, examinado (sempre que necessário), submetido a exames complementares e orientado de forma completa, corre sério risco de receber prescrição de substância inadequada, que ou não irá funcionar ou irá causar-lhe efeitos indesejáveis.

- Tentar emagrecer sem primeiramente adotar hábitos de vida mais saudáveis é tão impossível quanto esvaziar uma pia com a torneira bem aberta: água está saindo pelo ralo mas continua entrando pela torneira; você pode usar os mais eficazes medicamentos e submeter-se aos melhores e mais inovadores tratamentos para emagrecer mas se ao mesmo tempo seus hábitos de vida lentificam seu metabolismo e fazem seu corpo acumular gordura e perder músculos, o resultado final é que você não emagrece de verdade.

- Não há nada de normal em aparecerem efeitos colaterais intoleráveis quando se usa um medicamento para perder peso; se isto ocorre, algo está errado e precisa ser alterado: ou o medicamento não serve para você, ou a dosagem/posologia está inadequada ou você tem distúrbios (mesmo que ainda não identificados) que precisam ser tratados.

- O óbvio: se o peso começa a aumentar novamente assim que um medicamento/tratamento para emagrecer é suspenso, isto é sinal claro que a causa do seu acúmulo de gordura não foi resolvida; ou seja, enquanto você não tratá-la, continuará com cada vez mais peso. E o chamado “efeito sanfona” realmente existe: quanto mais um paciente engorda-e-emagrece sucessivamente, mais difícil fica perder peso, tendo-se em vista a resistência crescente do tecido gorduroso no corpo.

- Alguns dos medicamentos “controlados” para emagrecimento preferidos “estressam” o organismo, provocam rápido e excessivo consumo dos seus nutrientes básicos e fazem-no desenvolver “tolerância” a eles (o organismo começa a precisar de doses cada vez mais altas e, na ausência do medicamento, não funciona direito, produzindo sintomas).

- Perder peso NÃO significa necessariamente perder gordura: a balança aponta o peso total do corpo que é basicamente composto por água, músculos, ossos e gordura. Muitos medicamentos, quando mal prescritos, provocam rápida perda de água e músculos, o que dá a falsa impressão para o leigo de estar perdendo gordura por estar perdendo peso.

- A perda excessiva de água e músculos SEMPRE vem acompanhada da perda de importantes vitaminas e minerais, o que enfraquece o organismo como um todo, causando muitos sinais e sintomas a exemplo de: baixa imunidade, distúrbios psicológicos, fraqueza, tontura, cefaléia, etc.

DICAS PARA EMAGRECER COM SAÚDE

Ninguém consegue atingir o peso ideal e mantê-lo, COM SAÚDE, sem o mínimo de disciplina e planejamento/organização; aliás, estas duas qualidades são fundamentais para atingir qualquer objetivo na vida; o problema é que a maioria dos pacientes coloca sua própria saúde em segundo plano de importância, facilitando desistência ante às dificuldades. Sabe aquele ou aquela modelo cujo corpo você “inveja” e gostaria muito de ter? Tenha certeza que ele(a) segue algumas regras básicas para conseguir manter a aparência, onde os excessos são exceções, ocasionais (caso contrário, dependerá do uso constante de substâncias, cujo uso crônico e abusivo não tardará a causar doenças).

Algumas pessoas demoram para perceber que não existem “pílulas mágicas” ou “tratamentos miraculosos” em saúde... Mas para os que já entenderam isto e estão dispostos a perder peso às custas de eliminar realmente os depósitos de gordura do corpo, seguem as principais orientações que funcionam na prática:

- O excesso de gordura corporal está relacionado ao aparecimento e manutenção de MUITAS doenças. Assim sendo, mais que questão estética, perder o excesso de gordura é fundamental para ter e manter saúde. São cada vez mais freqüentes os relatos de pacientes que deixaram de sentir vários sintomas simplesmente por terem perdido peso de forma saudável.

- Para que a gordura corporal seja gasta ou eliminada pelo corpo, ela precisa circular direito, ou seja, ser transportada pelo sangue e a maior parte do sangue é água. Por isso, sempre tome bastante água por dia (pelo menos 3 litros bem distribuídos ao longo do dia).

- O exercício físico regular é fundamental porque tem tripla função no processo de emagrecimento:

o Acelera o metabolismo e gasto energético, forçando a queima de gordura para gerar energia (a energia que “sobra” dos alimentos, normalmente é armazenada sob a forma de gordura)

o Propicia o aumento da massa muscular que, mesmo no repouso, gasta energia para sobreviver e atuar (por isso é verdade que quanto mais músculos, normalmente, menos gordura)

o Melhora a circulação do sangue

- Não existe emagrecimento efetivo e saudável sem bom funcionamento intestinal, uma vez que é o intestino quem controla o que “entra” no corpo através da alimentação e boa parte do que é eliminado: basta lembrar que todo medicamento/suplemento ingerido é absorvido pelo intestino e só depois disto cai na corrente sangüínea para agir. Isto significa que um intestino funcionando mal pode não absorver direito medicamentos, reduzindo assim seu efeito. A dica aqui é sempre ingerir pelo menos 30g de fibras/dia (folhas, cereais, frutas, sementes, vegetais, etc), distribuídas entre as várias refeições do dia e muita água.

- O organismo humano foi programado geneticamente para receber alimentos no máximo a cada 3 horas. Por isso, quem passa mais de 3 h sem comer durante o dia está “forçando” seu cérebro a mandar que o corpo estoque o máximo de energia que der, a cada nova refeição. Em outras palavras, “pular” refeições faz com que o corpo transforme o máximo possível das outras refeições em gordura; por isso quem come poucas vezes por dia tende a comer mais e em maior quantidade, aumentando cada vez mais seus estoques de gordura.

- A falta de sono e o stress prejudicam a liberação da leptina, que é um hormônio que informa ao cérebro a “hora de parar de comer” (saciedade). Resultado: quem não dorme direito (também com qualidade) e quem é estressado tende a sentir o apetite aumentado durante seu período acordado

- Nem todo medicamento para emagrecer tem que ser necessariamente estimulante, causando taquicardias, palpitações, elevação de pressão sangüínea, insônia, ansiedade, etc. O que mais funciona para ter e manter o peso ideal é cultivar sempre hábitos saudáveis de vida (vide apresentação “Viver: o que é necessário” no meu site) mas hoje em dia há excelentes medicamentos para auxiliar nos processos de emagrecimento saudável que agem mais naturalmente sem o efeito “estimulante” excessivo: na moderação do apetite, na queima de gordura para gerar calor (termogênese), na redução das calorias dos alimentos ingeridos, no estímulo à utilização preferencial de gordura pelo corpo para geração de energia, na facilitação da eliminação da gordura, etc.

- Procure ter apoio de médico experiente no seu processo de emagrecimento, preferencialmente através de avaliação completa e atenta (com obtenção de história clínica detalhada), realização dos exames complementares necessários e acompanhamento periódico dos detalhes e resultados do tratamento. Os melhores profissionais não são necessariamente os que só prescrevem “novidades” mas com certeza estão entre aqueles que sabem ouvir o paciente com real interesse e tempo para isto, atentando para os detalhes do quadro clínico de cada um; é nos detalhes individuais que reside o sucesso ou fracasso de boa parte dos tratamentos, o que consultas curtas demais decerto não permitem obter.

- O apoio de nutricionistas, professores de educação física e demais profissionais de saúde competentes tem se mostrado importante aliado dos tratamentos com fins de emagrecimento: afinal, cada um entende melhor da sua área específica de estudo e atuação.

- Se durante o tratamento (seja ele via medicamentos ou via tratamentos estéticos ou ambos) você sentir sintomas indesejáveis, comunique seu médico; alguns deles podem motivar alterações na forma de usar, dosagem ou mesmo substituição do próprio remédio. Para outros sintomas, a associação de outros medicamentos ou suplementos pode ser benéfica e mesmo necessária (por exemplo, todo processo de emagrecimento gera excesso de radicais livres, aumentando o estresse oxidativo, para o que a administração conjunta de antioxidantes costuma ser bastante vantajosa para o paciente).

- Procure estabelecer metas atingíveis: não são raros os casos de pacientes que querem atingir peso e constituição corpórea que seu biótipo simplesmente não permite. E algumas clínicas e profissionais vão fazer o possível para fazê-lo acreditar que está fora do seu corpo e peso ideais... Mesmo que você não esteja. Lembre-se sempre que a busca pela estética nunca deve comprometer a promoção e manutenção de saúde.

- Os tratamentos estéticos e medicamentos para perda de gordura são basicamente de 3 tipos: os que reduzem a formação de depósitos de gordura pelo seu corpo, os que promovem o aumento do gasto da gordura armazenada e os que facilitam a eliminação de gordura. E são inúmeras as substâncias que podem ter um ou mais destes efeitos, com milhares de combinações possíveis, sempre na dependência de cada caso, individualmente. Para enumerar apenas algumas destas, de eficácia comprovada: ácido lipóico, ashwaganda, cafeína, caraluma fimbriata, carnitina, cassiolamina, centella asiática, chá verde, citrus aurantium, coenzima Q10, creatina, faseolamina, garcínia, ginseng, gymnena silvestre, irvingia gambonensis, HMB, koubo, pantetina, pholia magra, resveratrol, sesamina, slendesta, tribulus terrestris, ubiquinol. É claro, devem ser prescritas somente pelo médico que saiba como utilizá-las e associá-las, quando necessário.

Em resumo, perder peso de forma saudável é perfeitamente possível e mesmo fácil (depende sobretudo de um pouco de disciplina) mas pressupõe “queimar gordura” com manutenção ou aumento da massa muscular, o que só é possível através da prática diária de hábitos de vida saudáveis: para quem faz isto, os tratamentos estéticos e medicamentos/suplementos para emagrecer, quando bem indicados por profissional médico competente, entram como eficazes “aceleradores” e “melhoradores” do processo.

Mas para quem após toda esta leitura continua achando que não precisa mudar nada na sua vida e que os medicamentos e tratamentos “fazem o milagre” do emagrecimento sozinhos, um conselho: que mantenham uma GORDA conta corrente, capaz de arcar com todos os custos dos tratamentos e suplementos por toda a vida e, depois de algum tempo, com os remédios para as tantas doenças que decerto, infelizmente, desenvolverão.

A escolha é sua. Faça a sua parte e boa escolha!

Dr. Ícaro Alves Alcântara

Médico

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